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5 dicas para fazer uma limpeza pós-obra

Depois que a obra termina, vem a difícil tarefa de eliminar entulhos, resíduos e poeiras. Para isso, confira algumas dicas dadas por especialistas a fim de facilitar esta etapa!

Reformas, mudanças e, enfim, a limpeza! Depois que a obra termina, vem a difícil tarefa de eliminar entulhos, resíduos e poeiras. Este processo exige cuidados e produtos específicos, por isso é de extrema importância se atentar aos itens necessários na hora da limpar e montar um cronograma para se organizar.

Separamos algumas dicas para te ajudar nessa hora:

1. Cuidados e produtos específicos para limpeza

A primeira tarefa a se fazer é definir um lugar específico para depositar os resíduos após cada dia de serviço, orientando os pedreiros a manterem o canteiro de reformas minimamente organizado (Foto: Pexels / cottonbro / CreativeCommons)

De acordo com Paulo Gil, CTO do Triider, plataforma de serviços gerais, quando se trata de obras e de construção, é impossível manter o local limpo e livre de entulhos com a obra em andamento. Porém, isso não significa que a sujeira tem que ser acumulada.

João Pedro Lúcio, coordenador técnico do Maria Brasileira, rede de limpeza residencial, explica que o resíduo deixado após uma reforma ou construção é de origem epóxi, presente na argamassa e na tinta, por exemplo. “Os produtos disponíveis hoje nos supermercados não dão conta de eliminar esse tipo de resíduo. Neste caso, é necessário entrar com produtos ácidos e alcalinos, de uso profissional, destinados à limpeza pós-obra”, sugere.

Entretanto, Paulo Salles, diretor comercial e de marketing da Salvabras, ressalta que, atualmente, existem proteções específicas para pisos, bancadas, revestimentos de parede, portas e janelas. Elas protegem os materias de riscos e de arranhões, evitando gastos desnecessários com limpeza pós-obra.

Caso não tenham ocorrido as devidas proteções, aí sim será necessário o uso de produtos químicos. “Atenção quanto às recomendações e a diluição, pois caso aplicado de forma errada, podem queimar a superfície. Por isso, é importante saber os produtos recomendados para cada tipo de revestimento”, completa Paulo.

2. Por onde começar?

O aspirador de pó pode ser usado não apenas em pisos, mas também em tapetes, sofás, almofadas, travesseiros e colchões (Foto: Freepik / CreativeCommons)

A dica básica é começar pelo “grosso“. O primeiro ponto é detectar quais são os tipos e as linhas de revestimentos da casa e, a partir daí, definir os produtos químicos que atenderão à essa limpeza e não danificará o imóvel. O ideal também é fazer a limpeza seca e depois a molhada.

“A limpeza seca começa no teto, da parede ao chão, e é chamada de limpeza vertical. Lembre-se sempre de retirar o excesso de pó e sujidades aparentes com a ajuda de um aspirador. Depois, entre com o processo de limpeza horizontal (molhado), para que o ambiente não fique com sujeira incrustada, marcas de terra ou de barro, de modo que a higienização seja mais eficiente e gaste menos água e produtos”, explica João Pedro.

Outras dicas recomendadas por Paulo Gil, que podem ajudar na tarefa, são:
– Recolher todo o lixo e as ferramentas espalhadas pela casa;
– Retirar tudo o que for possível para abrir espaço, como móveis e objetos;
– Começar pela área mais afastada até a entrada da casa;
– Limpar de cima para baixo, ou seja, teto, paredes e chão;
– Usar luvas e máscaras de proteção durante todo o serviço.

3. Remoção do excesso de lixo

Uma maneira de evitar a geração de resíduos na obra é reaproveitar, sempre que possível, os materiais já existentes no local (Foto: Flickr / enagumo / CreativeCommons)

A melhor maneira de lidar com o resíduo da obra é não gerá-lo. Iza Valadão, engenheira civil com Ph.D. em Materiais e Sustentabilidade e professora e pesquisadora da Universidade Federal Fluminense (UFF), aponta que, no Brasil, mais da metade dos resíduos produzidos são descartes de obras, muitas vezes provenientes de materiais que quebraram ou estragaram durante o transporte ou devido ao mau armazenamento. “Estima-se que cerca de 20% destes resíduos, também conhecidos como entulhos, nem chegaram a ser usados em uma obra”, declara.

Para Iza, outra maneira de evitar a geração de resíduos na obra é reaproveitar, sempre que possível, os materiais já existentes no local, seja para fazer a regularização de um contrapiso com restos de demolição de paredes, seka o tampo de uma mesa feito de revestimentos retirados durante uma reforma, como mármores ou porcelanatos.

Se mesmo assim tiver resíduo de obra, é possível triturá-lo para fazer britas recicladas e areias, que podem ser usadas na confecção de argamassas e de concretos não estruturais. Geralmente a composição dos entulhos é de argamassas, cerâmicas e restos de concreto, mas também podem estar presentes restos de tintas, vernizes, gesso e isopor. Esses dois últimos possuem processos de reciclagem separados e as tintas e vernizes precisam ser descartadas em local correto, pois seu processo de reciclagem já existe, mas ainda é muito caro e pouco difundido no setor.

A engenheira aconselha triturar entulhos em máquinas de pequeno e médio porte, que podem ser alugadas em lojas especializadas do setor. “Caso o entulho gerado for em grande quantidade e não puder ser reaproveitado dentro do próprio canteiro, é importante que o gerador o recolha dentro de uma caçamba específica para esse fim, e faça sua destinação correta, que é para um aterro de inertes”, finaliza Iza Valadão.

4. Proteção de instalações e acabamentos

Mármore, granito, granilite, porcelanato, cimento queimado e o ladrilho hidráulico podem ser usados em qualquer área, desde que sigam as exigências dos fabricantes (Foto: Freepik / macrovector / CreativeCommons)

Use produtos que não agredirão o revestimento mais delicado, e sempre procure proteger de uma forma mais cuidadosa, como com uma lona. “Há alguns produtos químicos que podem ser usados na proteção, criando uma barreira, como detergente neutro, para que o outro produto químico não entre em contato com o revestimento e não danifique a peça”, afirma o técnico da Maria Brasileira.

Revestimentos que são de madeira precisam cobrir para não molhar, nem estufar. Devem ter um olhar mais cuidadoso com esse tipo de acabamento, para que eles não danifiquem. Segundo João, basicamente, as dicas são oferecer proteção e tomar muito cuidado, porque alguns revestimentos, dependendo do produto que será aplicado, podem manchar.

5. Busque profissionais especializados

 

O ideal é contratar um profissional especializado em limpeza pós-obra, que saberá ao certo que tipo de produto usar em cada caso (Foto: Pexels / BECOSAN / CreativeCommons)

João Pedro diz que a melhor maneira de se fazer uma limpeza pós-obra é contratar uma empresa especializada nesse tipo de serviço. “É importante entender que, para os produtos químicos, especialmente da linha profissional, funcionarem de maneira completa e eficiente, precisa ter o maquinário, por exemplo, a enceradeira, que girará em uma rotação para ativar aquele produto em 100% da sua eficácia, eliminando o resíduo”, explica.

Segundo ele, há muitas técnicas que, quando você coloca em um custo x benefício, compensa muito fazer o orçamento com uma empresa especializada para ter esse tipo de atendimento com segurança e garantias de execução.

 

Fonte: Revista Casa e Jardim

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